13 de dezembro de 2007

Débora....

Filha amada, você veio como vem a gota do orvalho, serena.
A noite era de chuva, mas você me fez sereno,
como o sereno da manhã que repousa serenamente
sobre a grama.

Você veio com a fragilidade da chama de uma vela,
como canção de passarinho,
e me fez comovida como jamais me vi.

Meu anjinho, lhe dou meu afeto mais puro, meu afago mais vigoroso
e jamais ousarei lhe cobrar algo em troca.
Pois anjos nada nos devem.
Já nos premiam com a candura do olhar cristalino
como deve ser a verdade dos homens.
Já nos ensinam a doçura, como devem ser os homens.

Você me ensina todo dia a serenidade do sibilo do vento,
a leveza da brisa marinha,
cintilar da estrela matutina,
por isso não precisa de promessas para mim, nem para hoje nem para amanhã.

Débora, minha filha amada, você me faz grande quando me abraça apertado,
você me faz gigante quando diz, parecendo orgulhar-se: “-essa é minha mãe!”
E eu sempre lhe digo de volta, com orgulho transbordante; “- Essa é minha filha!”

Você me revigora todo dia como um banho morno que se toma,
me encanta todo dia como um menino crescido que contempla um arco-íris, quando você abre seu sorriso de ternura.

Obrigado, minha filha, pelo presente que você é.

Te amo