22 de abril de 2008

Flores




Não quero que a vida
Me pegue na estrada
Qual folha caída,
Perdida no vento.



Nem quero que o tempo
A correr lá fora
Nas asas da tarde
Me faça partir.

Há um desejo estranho
De sonho e de luzes
Nos olhos da face
De quem quer viver.

E a flor despetalada
Nas mãos de quem perde
Por força dos fatos
A vez de sorrir.

Por isso é que tento
Compondo meus versos
Ouvir nos espaços
As vozes do ser...
Vagar pelas tardes
E pelos canteiros
No pólen das almas
Que podem sentir.